segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PENHASCOS





Cabe a nós, seres minimalistas perguntarmos a nós mesmo “ Porque evitar tanto”?
Porque não fazer igual a Bella personagem de um grande Best Seller,se jogou de um penhasco apenas para sentir-se protegida por seu grande amor, que havia lhe abandonado meses antes? Teoricamente falando,não digo realmente jogar-se de cabeça de um penhasco,até porque seria isso um suicídio e não apenas uma aventura. Afinal, se pensarmos bem, nos jogamos de vários penhascos diariamente.
Quando nos apaixonamos por exemplo, nada mais suicida do que entregar-se a um estranho que provavelmente ira abandonar você depois de descobrir que você é alérgica a cerveja e abomina a idéia de torcer para o Palmeiras.
Nos jogamos de penhascos bem mais cruéis do que aquele do filme,no qual Bella é salva por um moreno alto,agraciado por belos músculos e um sorriso covardemente irresistível. Os penhasco do qual eu falo, são aqueles que não nos ferem fisicamente, mas deixam hematomas,quebram-nos membros e nos deixam dilacerados por dentro. Aqueles penhascos que destroem muito mais do que um belo rosto,ou músculos, destroem sentidos,caminhos,estradas.
Mas todo penhasco por pior que seja,por mais alto, por mais rígido,todo penhasco possui um final,o chão. Penhasco nenhum nos impede de começar de novo. Penhasco nenhum nos impede de escalar as paredes,de tomar impulso,encontrar a estrada e caminhar novamente,até encontrar outro.
Não adianta de nada mudar de rumo,trocar de tênis, ou pegar um avião... Sempre haverão penhascos, e penhascos. Não os evite, por mais que você não deseje jogar-se de cabeça, quando você menos esperar ira sentir a brisa no rosto, o braços flutuando, o frio na barriga que lhe fará pensar “Quero encontrar o chão”, e quando seu desejo for atendido quando encontrares o chão, não esqueça, saia da sombra, não deixe que as paredes aumentem. Não deixe que o medo prenda seus pés,paralise seus braços.Não cave um buraco maior,lembre-se você já esta no chão.
Você pode muito mais. Amarre o cadarço, levante a manga da camisa, e escale...Escale... E, escale. Quando deres conta já estarás no céu.

Por M. Pandolfi.

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